Francisco de Assis Moura tem 28 anos e por conta de uma paralisia cerebral, perdeu parte dos movimentos das pernas e dos braços, além de ter a fala comprometida. A limitação para caminhar não impediu que o jovem buscasse oportunidades e independência.
E uma das conquistas dele foi o cargo de supervisor no Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Não tenho palavras que consigam representar quem é meu pai. Eu costumo dizer que meu pai é minhas duas pernas”.
Juvenal lembrou que quando o filho era criança, ele o levava para a escola, mesmo com muitas pessoas duvidando da capacidade dele de aprender.
“Pessoal dizia ‘rapaz, tu é doido, vai trazer uma pessoa dessa pra escola’ e aí eu dizia que meu filho era inteligente, ‘olha, um dia ele vai ser gente.’ Olha aí onde é que ele tá hoje”, disse todo orgulhoso.
O agricultor explicou que pensou em pagar alguém para acompanhar Francisco durante, mas desistiu e resolveu ele mesmo deixar seu trabalho na cidade de Dom Expedito Lopes e acompanhar o filhão.
“Ver meu filho feliz é o que me basta. Todos dias estamos vindo de van às 07h e voltamos às 17h. Aqui compramos nossa alimentação e passamos todo o dia”, relatou muito emocionado.
Juntos já percorreram muitos quilômetros
São pelo menos 10 horas empurrando a cadeira de rodas pelas ruas da cidade. Já na primeira semana de trabalho, pai e filho percorreram mais de 50 quarteirões nos bairros e no centro de Picos debaixo de sol forte e ruas sem acessibilidade.
Todos os dias são mais de 30 km, utilizando o transporte alternativo intermunicipal para chegar ao trabalho.
“Meu pai é um exemplo, é um exemplo, não tenho nem palavras para descrever o que ele faz por mim”, disse às lágrimas.
Com informações Só Notícias Boa e Cidade Verde
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