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Já está disponível no canal do YouTube o projeto Amazonas em Libras a primeira websérie totalmente apresentada na Língua Brasileira de Sinais (Libras). O material pode ser conferido também no Instagram.

Dirigida pela jornalista e produtora cultural, Natália Lucas, e pelo acadêmico de Letras Libras da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e membro da comunidade surda, Ednilton Barreto, a websérie apresenta as riquezas turísticas, gastronômicas e culturais do Amazonas.

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Para Natália Lucas, o trabalho foi muito bem recebido pelos surdos. Lembrou que a comunidade surda, diante da cultura ouvinte, está sempre representada em segundo plano, através de legendas ou janelas de interpretação em língua de sinais.

“Acompanhar os surdos assistindo os episódios, interagindo com o conteúdo, é gratificante. Eles reconhecem a língua e recebem a informação da melhor maneira. Além disso, percebemos que eles estão aprendendo coisas novas”.

Natália disse ainda que esta é a primeira vez que um produto audiovisual é produzido de forma integral no Amazonas, utilizando a Libras como língua principal.

Para Julyana Martins, surda, a quantidade de informações disponibilizadas no audiovisual a surpreendeu.

“Sempre que nós temos acesso às informações em espaços culturais, no Amazonas, elas são limitadas, resumidas. Se vou em um museu, por exemplo, e tiver curiosidade, eu não consigo saber mais sobre; sempre tem uma pessoa que me explica uma coisa resumida. Dentro da minha família, as informações também são resumidas”, lamentou.

Reprodução

Ouvintes

Embora tenha sido produzida para atender prioritariamente o público surdo, a websérie não esqueceu a população ouvinte, que pode acompanhar a exibição, com narração e legenda em português.

A preocupação foi também inserir os surdos dentro do universo audiovisual. Por essa razão, um dos diretores é uma pessoa surda. Ednilton Barreto disse que a experiência foi enriquecedora.

“Pude conhecer mais do trabalho de outros profissionais do audiovisual e, também, aprender com eles. Mas o principal foi poder atuar colocando a Libras como protagonista. Pensar a melhor forma de passar a informação respeitando a língua de sinais foi muito importante”, observou.

Com informações da Agência Brasil

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